Crianças recebem 320 amigurumis produzidos por pessoas privadas de liberdade em Foz do Iguaçu

A ação integra o projeto “Amigurumi Solidário”, desenvolvido pela PPPR, que tem como objetivo promover a reintegração social por meio do trabalho e da qualificação profissional. A iniciativa une atividade artesanal, responsabilidade social e fortalecimento de vínculos com a comunidade.

A Polícia Penal do Paraná (PPPR), por meio da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu III – Unidade de Progressão (PEF III-UP), realizou na quarta-feira (10) a entrega de 320 amigurumis a crianças do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Antônio Ferreira Damião Neto, em Foz do Iguaçu.

Os amigurumis — pequenos bonecos confeccionados manualmente com a técnica japonesa de crochê — foram produzidos por custodiados da unidade. Nesta edição especial de Natal, foram confeccionados ursinhos inspirados nos “Ursinhos Carinhosos”, que simbolizam cuidado, gentileza e a importância de ajudar uns aos outros para construir um mundo mais acolhedor.

Para as crianças, os brinquedos representam alegria e afeto; para os custodiados, simbolizam a oportunidade de contribuir positivamente com a sociedade durante o cumprimento da pena, resgatando autoestima, senso de pertencimento e responsabilidade. A atividade também proporciona benefícios legais, como a remição de pena pelo trabalho, prevista na Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984), que estabelece a redução de um dia de pena a cada três dias trabalhados.

A entrega reforçou o espírito de solidariedade do período natalino e aproximou o sistema prisional da comunidade. O coordenador regional da PPPR em Foz do Iguaçu, Cássio Rodrigo Pompeo, destacou a importância da ação: “Iniciativas como essa demonstram o impacto positivo do trabalho realizado na unidade, fortalecem vínculos sociais, transformam realidades e reafirmam o compromisso da Polícia Penal com ações de reinserção ao meio social”, afirmou.

O policial penal José Roberto de Morais, responsável pelo projeto na unidade, também ressaltou o significado do trabalho como uma oportunidade de recomeço. “Cada ponto de crochê ajuda a reconstruir autoestima, disciplina e esperança. Quando esses bonequinhos chegam às mãos das crianças no Natal, o propósito da iniciativa se revela de forma ainda mais bonita. A doação natalina é o momento mais especial, quando o trabalho se transforma em solidariedade. Para a criança, é receber um presente feito com cuidado e carinho. É assim que o projeto converte fios de barbante em laços de humanidade”, explicou.

A diretora do CMEI, Karina Goulart, reforçou o impacto da ação na comunidade: “Essa iniciativa é muito especial para nós. Atendemos crianças do próprio bairro, e receber presentes confeccionados com tanto cuidado pelos apenados realmente transforma a vivência delas. Os amigurumis têm um valor imenso: não são apenas brinquedos, mas gestos de carinho que as crianças levam para casa como uma lembrança afetiva”, concluiu.

Fonte: https://www.deppen.pr.gov.br/


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